how my heart behaves...
Descia, pela manhã, a rua vestida a calçada branca e incerta. Passava por debaixo das árvores de um tom verde seco e levava esta música nos ouvidos... E sentia-me como se o chão que pisava fosse menos duro e me amparasse os passos. À minha frente um horizonte claro de uma rua vazia de pessoas, mas cheia de um espaço preenchido com a melodia que flutuava na minha mente. O refrão how my heart behaves... e o seu sentido a latejar-me na mente. O começo calmo a antecipar a suavidade da voz que me embala o corpo e o tempo. O coração a crescer-me no peito aos poucos como se tivesse tido ordem de soltura. E páro. Dentro de mim. Por me ver tantas vezes a pedir-lhe que se comporte. Que não seja ele a comandar-me a vida... para que nada se quebre. Para que eu não me perca. E que eu consiga continuar a levá-lo de mão dada com o corpo. Como se faz a uma criança distraída do rumo que segue... conduzindo-a sem nada lhe dizer sobre o futuro para não a limitar ou restringir no tanto que pode ter ou ser. E tendo sempre o cuidado de a proteger. De a ter debaixo de olho. Porque é só o que sei fazer melhor... protegê-lo. Dar-lhe uma vida fora do meu corpo para que não sufoque dentro de mim. Para que não fique pequeno. Nem cinzento. Porque eu sei... my heart is calm. And a calm heart will break... when given a shake.







4 Comments:
Ay este azul
compreendo tão bem esse cuidado...
...q a criança nunca fuja, e se se quiser lançar á aventura q o faça apenas qd a razão lhe transmitir a segurança necessária p tal, só assim ambos poderão ser equilibradamente livres... e estar protegidos ao mesmo tempo,
texto bonito!
da música, já nem falo!
Shake it!
Passei só para deixar um abraço lá para cima.
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