23.6.08

# 7


Daniel Mordzinski - Enrique Vila-Matas*

«Não se sabe que a flor preferida de Litvinoff era a peónia. Que o seu sinal de pontuação preferido era o ponto de interrogação. Que tinha sonhos horríveis e só conseguia adormecer de todo, com um copo de leite quente. Que costumava imaginar a sua própria morte. Que achava que a mulher que o amava fazia mal em amá-lo. (...) Estas coisas perderam-se no esquecimento como tantas outras acerca de tantas outras pessoas que nascem e morrem sem que alguém se dê ao trabalho de fazer o registo das suas vidas.»

Nicole Krauss, A História do Amor


* Autor de Paris Nunca se Acaba, Dr. Pasavento, Os Exploradores do Abismo, entre outros

10 Comments:

Blogger Maria Papoila said...

Parece mesmo um quarto de hotel parisiense.

23/6/08 20:08  
Anonymous Anónimo said...

O que não se sabe sobre os outros pode ser porque... eles não querem que se saiba, porque... a nossa indiferença não se deixa tocar pela vida dos outros, porque... não nos tornámos merecedores para partilharem connosco esse detalhe ou porque... não é mesmo para se saber. Onde está a tua escrita? Já há algum tempo que não a vejo por aqui, com a frequência que era habitual? Preferes dar a palavra a outros, falar através das suas palavras? Era bom voltar a ler as tuas...

24/6/08 10:48  
Blogger g said...

Concordo com a enérgie sinto falta das tuas palavras!

24/6/08 19:52  
Blogger oxalá said...

Mais 400 anos ou mais 500 nada é relativamente à nossa ambição.

25/6/08 22:27  
Anonymous Anónimo said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

29/6/08 01:51  
Anonymous Anónimo said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

29/6/08 02:16  
Blogger oxalá said...

Variadas formas têm os humores para se revelarem!

29/6/08 02:32  
Blogger M. said...

Maria Papoila
Atrevo-me a dizer que é mesmo em Paris. Esta foto e outras foram tiradas em Dezembro de 2005 segundo o fotógrafo. :)

Énergie
Concordo inteiramente. Porém, acrescentaria também que, por vezes, não se partilha porque as pessoas não se sentem ouvidas.
Existem momentos em que prefiro, sim, dar a minha voz a outros... mas agradeço muito a amabilidade das suas palavras. Talvez em breve...

Gzinha
:))
obrigada minha querida!
beijos, muitos

Samartaime
Muito obrigada! ;)
um abraço

30/6/08 00:46  
Blogger M. said...

Sra. Anónima
palavras suas num blog que frequenta:

se alguém chama por nós não respondemos...

Eugénio de Andrade

e mais felicito-a por escrever sem erros.

30/6/08 11:12  
Anonymous Anónimo said...

querida M.
voltei
deixo beijos na sua porta ja nesta cidade
:)
chavela.

4/7/08 10:42  

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