Da aprendizagem...
m. - Paris
Não tenho memória de alguma vez ter vivenciado de forma intensa o papel de espectadora distanciada em relação a acontecimentos que envolvem uma espera cuidada sobre as aprendizagens de terceiros. Talvez por nunca ter sido capaz de me distanciar como agora. Dos acontecimentos. Dos afectos. Das pessoas. Talvez por não ter conhecido, anteriormente, a importância de cultivar a virtude que suporta essa espera: a paciência. Talvez por nunca ter estado o tempo suficiente... ou por não ter querido estar para observar os processos de aprendizagem. Justamente porque não sinto prazer em observar a dor alheia. Talvez por não ter assumido, tão interiormente, que as aprendizagens a retirar não ocorrem só na minha vida. Que os conselhos ou avisos nunca podem substituir a experiência que provoca a aprendizagem. Não podemos viver pelos outros. Como tal, não podemos aprender por eles. E é nesta dimensão que a minha vida se interliga com a dos outros. No mesmo objectivo: aprender.
E ganha força e espaço em mim a ideia que tudo o que não se constrói ou realiza com autenticidade, com humildade, com verdade e amor... um dia cairá por si. Basta esperar. E observar. Porque tudo retorna ao seu lugar.






10 Comments:
E nisso vai tudo: no conseguir esperar que tudo volte ao seu lugar.
O complicado da vida é que para aprender é preciso querer-se... são precisas escolhas... e ser-se forte o suficiente para as manter e lutar por elas...
E já dizia o outro senhor (J. Paul Sartre ;-]): "O importante não é o que fazem do homem, mas o que ele faz do que fizeram dele"... De facto...
AINDA BEM QUE VOLTOU DEPRESSA.
Abraço
Falha
Tão verdade... resta-nos tentar absorver também alguns ensinamentos dos processos de aprendizagem de outros, e, se nos são queridos, que tudo decorra com o menor dano para eles.
*
tudo tão importante o q escreves te aqui, ter vontade de aprender a viver é o principal...sempre, p que o futuro seja sempre mais completo,mais equilibrado e que nunca dependa da vontade de terceiros mas apenas da nossa própria,
bjs e um sol
é bom perceber que existem lugares e quando não ao seu lugar, pelo menos, à uma certa "ordem".
bj
Não se retorna ao mesmo lugar.
A paciência...a santa paciência...é tão difícil...tinhas de ver a loquita que consego chegar a ser por falta de paciência. É depois, quando olho para o que já fiz, que aprendo...E nesta casa ficamos. Da janela á porta e da porta á janela... a tentar ser menos maluquita, a cuidar de mim, a ter paciência, a não conseguir ter paciencia, a bater com a cabeça no chao, a me levantar com um sorriso absurdo...
(da boleia: sinceramente, prefiero olhar e ouvir do que apanhar dor de costas na mala...é confortável seu bolso?)
:) beijo, linda
chave.
Samartaime
E há esperas tão longas por vezes...
um abracinho :)
MCzinha
ai as escolhas, as escolhas...
tão inconscientes... e tão conscientes!
Um abraço, grande, grande
Falha
Obrigada.
Um abraço
EyesWOpen
Sem danos para eles... e para nós. :)
beijinhos
RV
uma verdade essa: que nunca dependa de terceiros.
mais leijos e ... uma lua ?
Grafis
pelo menos, uma ordem suficiente para nos relembrar o rumo certo.
beijinhos
Gzinha
uma grande verdade essa...
por isso devemos ter sempre as malas feitas ! ;)
muitos beijos, para as 2, aos 'montes'
Chavela
a paciência também se cultiva... especialmente quando nos desprendemos das coisas e da sua excessiva importância...
[quanto ao bolso, podemos dizer que é confortável para boleias :) ]
mais beijos, 'guapita' (?)
Mzinha, nem penses que eu a deixo fazer a mala. ;)
Pirineus de Bjs.
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