Do ensino
Não se fala noutra coisa. E sobre este assunto, existem as mais variadas opiniões. Desde aquelas que espelham a opinião malformada de pessoas que entendem possuir a legitimidade de falar sobre coisas que desconhecem até àquelas que contribuem com uma visão sensata e esclarecida sobre a realidade da educação no nosso país. Acresce a esta situação a propaganda, cirurgicamente preparada pelo governo, que paira sobre a opinião pública que os professores não querem ser avaliados. Instala-se a confusão e embeleza-se a 'verdade governativa'. Os professores não querem ser avaliados! Que mentira tão grande! Alguém ouviu algum professor dizer que não queria ser avaliado ? Ou terá ouvido dizer que não queria ser avaliado da forma como o Ministério da Educação pretende ? São duas afirmações diferentes ! Muito diferentes. E quem não percebeu a sua diferença, tal como não procurou ouvir os professores sobre as suas razões de protesto, depois das entrevistas e explicações dadas pela senhora ministra, é porque já é o resultado de um ensino que há muito vive do facilitismo instaurado por leis e medidas governativas que procuram escamotear o insucesso escolar. 100 mil professores contra uma política da senhora ministra quer dizer alguma coisa. Se houver uma turma inteira de alunos com ritmos de aprendizagem diferenciada e nenhum deles entender uma matéria leccionada, a culpa certamente não será deles... Conseguirá a senhora ministra, e o senhor primeiro-ministro, perceber qual a ilação a retirar?
Deixo aqui mais uma opinião. Credível, a meu ver.
Para ler, basta clicar na imagem.
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6 Comments:
gostei dessa lucidez
um blog interessante
vou linkar.te
jocas maradas
Esse é um homem sensato, portanto aberto ao diálogo.
A idéia dos professores «não quererem ser avaliados» é uma ideia equivalente ao procedimento com os funcionários públicos «uma malandragem que não trabalhava». Foi apenas uma táctica para virar as pessoas (umas ignorantes, outras maldosas, muitas sabidonas) contra o que lhes dava jeito. E atingem-se pontos ridículos: as mesmas pessoas que falam contra os funcionários públicos de seguida queixam-se de que faltam enfermeiros, faltam médicos, faltam auxiliares pedagógicas, faltam professores... e ninguém nota que são «os funcionários públicos» quem lhes falta!... rsrsrs
Mas lá que os professores deram uma lição ao ministério, não há dúvida alguma! Caramba, gostei de ver!
Ainda tentaram o usual embuste «dos comunistas», dos mirones, etc., mas até isso lhes saiu pela culatra! Para estarem cem mil na rua é porque estavam lá o PS e o PSD e independentes - evidentemente!
pois tb eu já estou cansada do assunto, m nunca é demais comentá-lo pq quem não está por dentro e "come" tudo o q é dito pela c. social bebe de bom agrado o suave veneno da sr.ªministra, uma coisa é certa, colega, era bom q a opinião pública olhasse bem de perto e conseguisse perceber q pela primeira vez encontram-se não só sindicatos, como muitos professores q lutam em conjunto m q não são sindicalizados, estou-me a referir aos novos grupos de docentes q á margem da politiquisse dos sindicatos tb entram tb neste campo de batalha por uma profissão q cada vez mais perde prestígio,qualidade e segurança num país q se diz da comunidade europeia.
E digo isto pq apesar de ser sindicalizada é óptimo os restantes aperceberem-se q não é de todo uma luta partidária m sim uma luta não só pelos docentes como tb pelos alunos e escola no nosso Portugalinho,
bjs
esse artigo é esclarecedor. De facto não são reformas de gabinete que ajudam a melhorar a educação.
Su
Muito obrigada pelas suas palavras.
E pelo link... :)
um abraço
Samartaime
Infelizmente, o que fica na opinião pública generalizada é que o governo está a 'mexer' nas classes que até aqui se consideravam intocáveis e privilegiadas no que diz respeito a regalias e estabilidade. Não interessa o COMO está a 'mexer' nessas classes, nem o SE ESTÁ OU NÂO A FAZÊ-LO BEM.
Todas as classes profissionais têm os seus 'vícios' e 'ossos do ofício' e é muito mais fácil colarmo-nos à maioria das pessoas que pensam que os professores nada fazem e têm mais tempo de férias... Não me importava de trocar de lugar com alguém durante uma semana para que essa pessoa tivesse a oportunidade de ter a experiência do que é o actual ensino.
Para mim, bastou-me a simplicidade de uma afirmação do Cardeal Patriarca, não por ser quem é, mas pelo que disse: «os professores são mais decisivos que os políticos.» Efectivamente. E enquanto não se olhar para a educação como uma questão de 'saúde nacional', não iremos muito longe.
um abraço
RV
Não tenho problemas em afirmar que foi a primeira vez que fui a uma manifestação. Fui e confesso que tive orgulho em estar ao lado de pessoas, a grande maioria delas, que lutaram para que a minha geração pós-25-de-abril pudesse manifestar-se da forma como esta decorreu. As novas gerações, infelizmente, não conhecem a importância nem o valor dos direitos que têm por certos e que hoje têm uma fragilidade inquietante. Gostei particularmente da energia, da força calma que estava ali presente. Eram apenas professores e não contratados, efectivos ou titulares... Era uma classe unida simplesmente como nunca tinha acontecido.
Manhã
No entanto, admito que se essas reformas surgirem do conhecimento concreto da realidade podem sempre contribuir. Enquanto forem meras projecções e estudos científicos sobre... não avançaremos.
O Cardeal - que é sábio concerteza, que de outro modo nunca seria Cardeal - disse o bastante: «os professores são mais decisivos que os politicos». E está tudo dito: tanto o que se diz como o que se não diz.
A vossa Marcha foi magnífica. Até os habituais palradores de circunstância se renderam e perderam o pio. Só na segunda feira voltaram a atinar com o discurso! rsrsrsrs
Bem hajam pela confiança que nos trouxeram!
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