8.10.05

Temporaneidade...

Na vida de um homem, o seu tempo não é mais do que um momento, o seu ser um fluxo incessante, os sentidos um débil lampejo, o corpo uma presa para os vermes, a sua alma um torvelinho irrequieto, o seu destino sombrio e a sua reputação duvidosa. Em resumo, tudo o que é do corpo passa como cursos de água, tudo o que é da alma como sonhos e ilusões; a vida, uma campanha, uma breve estada numa região estranha, e depois da fama, o esquecimento. Onde poderá então o homem ir buscar força para guiar e proteger a sua caminhada ?
Numa só e única coisa: o amor ao conhecimento.

Marco Aurélio, Pensamentos