26.6.05

O aroma da Liberdade

«O pior não é o mundo não ser livre, é o homem ter desaprendido a liberdade. (...) Se não podemos transformar o mundo, transformemos pelo menos a nossa própria vida e vivamo-la livremente», dizia ele. «Se cada vida é única, tiremos daí as devidas conclusões...»
Milan Kundera - A Vida Não é Aqui

9 Comments:

Blogger mar said...

ainda não li, mas tenho pena...
liberdades desaprendidas, nem mais.

27/6/05 03:44  
Blogger M. said...

... e enquanto continuarem desaprendidas, maior será a luta!

27/6/05 10:36  
Anonymous Anónimo said...

Aí está um dos livros do Kundera que ainda não li ...

Será que desaprendemos a liberdade ou a mesma assusta-nos e, preferimos não tomar conhecimento dela?... Por vezes assalta-me esta dúvida e vou-me permitindo pensar que, enquanto me questiono ainda dela me apercebo e que está lá, à espera que eu a assume na sua plenitude ...

27/6/05 16:48  
Blogger M. said...

Choco... a tua dúvida assaltou-me também :o))... e cheguei à conclusão que talvez estejamos mesmo a desaprender a liberdade. E para mim desaprender é não compreender ou sentir o seu real valor. E isso só acontece quando pensamos primeiro na liberdade e só depois em tudo o que nos limita. Talvez tenhamos que fazer o contrário... só assim saberemos que tudo o resto é o espaço imenso das nossas escolhas, da nossa criatividade, da nossa inteligência. Obrigado pela tua dúvida! Fez-me pensar! ;o)

27/6/05 19:18  
Anonymous Anónimo said...

correndo o risco de me tornar repetitiva, aí está um livro do Kundera que ainda não li, apesar de adorar o autor.
Sabes que cheguei a um ponto que prefiro não pensar, ou que me esqueço de pensar a liberdade... cada vez tenho mais a sensação que me é cingida mas de forma camuflada, se olhares á tua volta tudo e todos te tentam formatar, mas sp de forma absolutamente velada, mm para eles é inconsciente.
um pouco na linha do que a choco dizia, o positivo é ainda pensarmos nisto e percebermos que os movimentos. Se tivermos concsciência disto, podemos efectivamente ser livres. quanto mais não seja no nosso pensamento e nas nossas ideias...

27/6/05 21:28  
Anonymous Anónimo said...

Só fazemos sentido, enquanto seres e vidas que somos, pela liberdade que temos, que tomamos como nossa, logo que aprendemos a respirar!
Ainda que os meus dias sejam muito condicionados pelos limites castradores que me impõem - os limites do betão, do fumo, das agendas, dos telefones... - ainda que os meus dias pareçam tudo menos livres, há uma certeza que me fortalece...
por mais que me castrem e asfixiem, o meu pensamento é meu, tão livremente meu!

27/6/05 22:08  
Blogger M. said...

Celtic
Saber que essa restrição da nossa liberdade é camuflada ou velada é sinal de quem está desperto(a). De quem, como dizes, tem consciência... e muitas vezes é isso que mais nos atinge...

27/6/05 22:18  
Blogger M. said...

Lemon
ao ler o que escreveste, lembrei-me desta frase:
«Os modos de vida inspiram maneiras de pensar, os modos de pensar criam maneiras de viver. A vida activa o pensamento e o pensamento, por seu lado, afirma a vida.» G. Deleuze
Parece-me que ... talvez sejas mais livre do que tu te sentes... é só uma questão de o 'afirmar'...

27/6/05 22:24  
Blogger Mente Assumida said...

A LemonTea disse tudo. Para variar...

28/6/05 01:07  

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